
Évora
Partimos de Lisboa, atravessando a ponte sobre o rio Tejo, em direção à maravilhosa região do Alentejo, com destino a Monsaraz, visitando o Castelo Medieval.
Seguimos para Évora.
Entre uma bucólica paisagem de sobreiros, oliveiras e vinhas, avistamos as muralhas mouriscas-medievais e o casario branco da cidade de Évora, onde, por estreitas ruelas e um riquíssimo património arquitetónico e artístico, somos levados a viajar no tempo.
Na cidade de Évora, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, apreciaremos o afamado Templo Romano, a Catedral Romano-Gótica, a Igreja de São Francisco e a impressionante "Capela dos Ossos". A visita também lhe permitirá desfrutar da excelente gastronomia e de toda a variedade de artesanato que a região do Alentejo tem para oferecer, como os bonitos objetos de cortiça, de cerâmica e de cobre.
Regresso a Lisboa. Fim dos nossos serviços.
Paragens nos seguintes locais:
Castelo Medieval de Monsaraz
Évora centro Histórico, Praça do Giraldo com possibilidade de visitar os monumentos mais emblemáticos da cidade, como o Templo Romano, Capela dos Ossos, Sé de Évora, entre outros.
História:
-
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, a povoação foi inicialmente conquistada pelas forças sob o comando do lendário Geraldo Sem Pavor (1167). Após a derrota de D. Afonso Henriques (1112-1185) em Badajoz (1169) foi recuperada pelo Califado Almóada sob o comando de Abu Iacube Iúçufe I (r. 1163–1184) (1173), para ser definitivamente conquistada por D. Sancho II (1223-1248), com o auxílio da Ordem dos Templários, em 1232, a quem fez a doação destes domínios. Desta época ficou-nos a lembrança do cavaleiro templário Gomes Martins Silvestre, povoador de Monsaraz, cujo túmulo se encontra atualmente na Igreja Matriz de Santa Maria da Lagoa.
D. Afonso III (1248-1279), visando incrementar o seu povoamento e defesa, concedeu-lhe Carta de Foral em 1276. Neste período, a ação de povoamento de Monsaraz está ligada à figura do cavaleiro Martim Anes Zagallo, que se acredita tenha exercido a função de alcaide da povoação e o seu castelo, tendo iniciado as obras da nova alcáçova, época em que se iniciaram ainda a primitiva Igreja Matriz de Santa Maria da Lagoa e outros edifícios.
Com a extinção da Ordem em Portugal, tendo o seu património passado para a Ordem de Cristo (1319), Monsaraz é erigida em Comenda da nova Ordem, na dependência de Castro Marim. É nesta fase, sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), que se inicia reconstrução da Torre de Menagem (1310) e a ampliação da cerca da vila, estruturas que, com alterações, chegaram aos nossos dias.
No contexto da crise de 1383-1385, a povoação e o seu castelo foram atacadas por arqueiros ingleses sob o comando do conde de Cambridge, supostamente aliados de Portugal, caindo, no começo do Verão de 1385, sob o domínio do rei de Castela, quando este invadiu o Alentejo. Abandonados pelas tropas castelhanas em marcha, foram recuperados pelas forças leais a D. João I (1385-1433), sob o comando do Condestável D. Nuno Álvares Pereira, antes da batalha de Aljubarrota. Em 1412, por doação do Condestável a seu neto D. Fernando, Monsaraz passou a integrar os domínios da Casa de Bragança.
Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), a povoação e o seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). Em 1512, o soberano outorgou o Foral Novo à vila.
-
A cidade de Évora, localizada na região do Alentejo em Portugal, é uma das povoações de maior importância histórica no país. Os vestígios do seu rico passado levaram o seu centro histórico a ser classificado como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO em 1986 por valor universal excecional.
A região circundante de Évora tem uma rica história que recua muitos milénios antes de Cristo (a.C.), tendo sido o principal núcleo do megalitismo do interior português durante o Neolítico. Um dos mais notáveis monumentos deste tipo próximos à cidade é a Anta do Zambujeiro, antigo monumento funerário erigido há mais de 5000 anos que é um dos maiores da Europa.
Outro vestígio monumental é o Cromeleque dos Almendres, um conjunto de cerca de 95 menires erigidos em duas fases; a primeira fase no final do sexto e a segunda fase no terceiro milénio a.C., sendo o maior do seu tipo na Península Ibérica e um dos maiores da Europa.
Alguns povoados neolíticos desenvolveram-se sobre os montes graníticos da região, o mais próximo de Évora, sendo o que se localiza no Alto de São Bento, relacionado com os construtores de cromeleques e esteve ocupado desde finais do VI a meados do III milénio a.C. Outro povoado deste tipo é o chamado Castelo de Giraldo, habitado continuamente desde o terceiro milénio até o primeiro milénio a.C. e de esporádica ocupação na época medieval.
Escavações arqueológicas, porém, não demonstraram até agora se a área da atual cidade era habitada antes da chegada dos romanos. Alguns autores, porém, atribuem a fundação da cidade a uma tribo pré-romana, os eburões. O nome desta tribo deriva do vocábulo celta antigo eburos (teixo). Évora localizava-se no território dos célticos, uma confederação tribal a sul do rio Tejo e dos lusitanos que incluía tribos tais como os mencionados eburões (no interior), os sefes e os mirobricenses, cujo povoado principal era Miróbriga, atual Santiago do Cacém, (no litoral do atual Alentejo). O autor romano Plínio, escrevendo no século I, chama a cidade de Ébora Cereal, presumivelmente pela abundância agrícola da região, e considera-o um povoado fortificado que já existia antes do domínio romano. A origem etimológica do nome Ébora é proveniente do celta antigo ebora/ebura, caso genitivo plural do vocábulo eburos, nome de uma espécie de árvore, pelo que o seu nome significa "dos teixos". A atual cidade de Iorque (York), no Norte de Inglaterra, na época do Império Romano, era denominada Eboraco, nome derivado do celta antigo Ebora Kon, pelo que o seu nome antigo está etimologicamente relacionado com o da cidade de Évora.
Durante as Guerras Púnicas a cidade de Ebora foi palco de uma aculturação entre culturas iberas e gregas. Os cartagineses conquistaram uma parte substancial do que é hoje a Peninsula Ibérica e, mesmo não tendo conquistado a cidade de Ebora grande foi o impacto que por lá causaram. Técnicas de construção como as Bases secas e os Muros Cartagineses foram encontrados em 1992 junto ao templo romano de Évora. Ainda, durante o domínio de Cartago na costa mediterrânica da Hispânia, vários homens oriundos de Olisipo atual Lisboa e Ebora atual Évora foram contratados como mercenários pelas tropas cartaginesas e usadas em combate um pouco por todo o palco de guerra no Mediterrâneo, sendo encontradas, inclusive, inscrições escritas em grego na ilha de Lesbos, de um mercenário que havia servido no exército da Macedónia e que teria supostamente vindo de Ebora e servira o exército cartaginês como fundador e mais tarde se juntara ao exército de Pietro III da Macedónia. Aquando do declino de Cartago Ebora fora novamente isolada politicamente do resto do Mediterrâneo, no entanto, as suas marcas nunca foram esquecidas, o que mais tarde foi evidenciado durante o tempo de Viriato onde as suas tropas estavam equipadas com armamento antigo de Cartago bem como também, os Lusitanos utilizaram a tática dos hóplitas na tentativa de defender as suas terras dos Romanos.
Segundo uma lenda popularizada pelo humanista e escritor eborense André de Resende (1500-1573), Évora teria sido sede das tropas do general romano Sertório, que com os Lusitanos teria enfrentado o poder de Roma. O que é sabido com certeza é que Évora foi elevada à categoria de município sob o nome de Ebora Liberalitas Julia, título honorífico concedido por Júlio César.
Após um longo tempo de guerra no Império, a Pax Romana estabelecida por Augusto (r. 27 a.C.-14 d.C.) permitiu uma grande reforma administrativa, na qual Évora foi integrada à Província da Lusitânia. A cidade foi beneficiada com uma série de transformações urbanísticas, das quais o Templo romano de Évora - dedicado provavelmente ao culto imperial - é o vestígio mais importante que sobreviveu aos nossos dias. O templo coríntio localizava-se no antigo forum, a principal praça pública da Évora romana. Escavações arqueológicas no local mostraram que o templo era parcialmente circundado por um espelho-d'água e todo o forum era limitado por uma galeria porticada monumental. A preservação do templo deve-se ao facto de ter sido convertido, na época medieval, em talho. Outro vestígio importante da época são as ruínas de banhos públicos, localizados no edifício da Câmara Municipal de Évora. Além disso, até 1570 existiu na atual Praça do Giraldo um arco triunfal romano adornado com estátuas, infelizmente já destruído.
Pouco se conhece do traçado da cidade romana, mas sabe-se que ela estava disposta na elevação mais alta no centro da cidade moderna e o seu epicentro - a acrópole - correspondia à atual zona entre as ruínas do templo romano e da Sé de Évora. Nessa área deviam cruzar-se as duas vias principais da cidade, o cardo (eixo N/S) e o decúmano (eixo E/W). A cidade tinha ainda uma muralha de 1080 m de perímetro, construída no século III num contexto de instabilidade do Império, com quatro portas nos pontos cardeais, de onde se originavam o cardo e o decúmano. A partir destas portas a cidade estava conectada ao sistema viário romano, que a ligava às outras cidades da Península. Alguns troços da muralha ainda existem, incorporados a construções posteriores. Um importante vestígio é o chamado Arco de D. Isabel, resto da porta romana norte.
Na freguesia da Tourega, os restos bem-preservados de uma villa romana de 500 m² dotada de um complexo termal mostram que ao redor da cidade existiam estabelecimentos rurais mantidos pela classe senhorial.
Nos finais da época romana, com a cristianização da Península, Évora foi sede de um bispado. Um certo Quinciano bispo de Évora (Quintianus episcopus Elborensis) aparece na lista de bispos que atenderam o Concílio de Elvira, celebrado por volta do ano 306.
Tour privado de 8 horas:
1 a 3 Pessoas
350.00 €
4 a 5 Pessoas
400.00 €
6 a 7 Pessoas
450.00 €
Crianças:
Até aos 4 anos: Grátis
Entre 5 e 10 anos: 50% desconto
Inclui:
Águas a bordo
Transporte em minivan ou sedan (depende do número de passageiros) com ar condicionado.
WiFi gratuito
Fichas USB para carregamento de telemóvel
Não inclui:
Refeições
Entradas em monumentos.